As oficinas virtuais acontecem ao longo do período de contratação. Os jovens são protagonistas na escolha dos temas e na elaboração do material didático. Os encontros acontecem no modo virtual, onde os jovens fazem apresentações dialogadas sobre suas etnias, rodas de conversa sobre suas demandas sociopolíticas e preocupações atuais.
O fortalecimento das raízes, dos valores culturais e da autonomia são alguns resultados percebidos pelos jovens
Yakumã Ikpeng trabalha na área administrativa da SPDM/HSP e é responsável pelo processo seletivo e apoio didático pedagógico aos jovens do programa. Ele destaca que:
"As oficinas promovem um intercâmbio entre jovens de São Paulo e de várias cidades do Mato Grosso e Pará. Também promove trocas de saberes entre os jovens e lideranças indígenas de diversos povos do país. As tecnologias ajudam a superar distâncias que dificultam essas trocas. Além disso, é uma oportunidade única para os participantes não indígenas superarem preconceitos que vêm da falta de conhecimento sobre nossas culturas, modos de vida e nossas demandas para o futuro””
Dr Marcos Schaper, diretor dos Convênios de Saúde Indígena da SPDM/HSP, apoiou a implantação do programa em sua gestão e destaca que a inclusão de indígenas nas organizações públicas e privadas deve garantir um profundo respeito e sensibilidade para a diversidade sociocultural, os modos de aprender, ensinar e trabalhar dos povos indígenas:
“Os resultados que obtemos com este programa não beneficiam somente os jovens e suas comunidades, mas também todo o corpo de funcionários da SPDM, na construção de ambientes de trabalho com relações mais justas, diversas e plurais. Temos muito o que aprender com a solidariedade, ética e compromisso coletivo dos povos originários do país”.